estou correndo e caminhando. Não agora, é claro. Nem poderia. Ou a gente canta ou assobia. Nesse momento estou escrevendo essa que chamo de crônica.
Falo no sentido de estar praticando para o bem da minha saúde e da minha vaidade as atividades físicas da corrida e da caminhada.
Enquanto corro e caminho, ligo a última novidade em tecnologia de medição de tempo, distância, ritmo e perda calórica. Um cronômetro mais sofisticado de uma marca dessas que é voltada para o público desportista.
Ao fim da atividade, salvo os dados do aparelho, acompanhado de uma foto cuidadosamente tirada em algum ponto do percurso, e posto em todas as redes sociais que tenho.
Eu quero ser visto. Esse é o vício dessa geração. Não só dessa, mas de todas as gerações. É a sina humana.
Meu vício é tal, que usei o aparelho pra marcar meu tempo de caminhada, depois pausei para correr. Corri cerca de 5km, enquanto a atividade da caminhada ficou pausada no aparelho.
Ao terminar a corrida heróica, num pace que não deixaria minha mãe orgulhosa, olhei, e só havia caminhado 2,76km.
Pensei... Não vou postar isso não. Esse número não representa nada. Não serei bem visto e assim minha sina fica prejudicada.
Não postei!
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